Campo Grande(MS) – O Brasil melhorou em ranking de liberdade de imprensa, mas desafios como violência contra jornalistas e desinformação permanecem presentes. A Organização Repórteres sem Fronteiras divulgou um estudo sobre o assunto.
O Brasil subiu dez posições no levantamento deste ano, ficando na posição 82 entre 180 países avaliados. De acordo com a análise, a troca de governo estabilizou as relações entre o Estado e o jornalismo. Segundo o relatório, após a imprensa ser alvo do governo de Jair Bolsonaro, a gestão Lula adotou discurso público a favor do setor e teve progressos na defesa da liberdade de imprensa.
O texto ainda destaca que a desinformação intoxica o debate público. Com isso o país continua polarizado e os ataques contra a imprensa que se tornaram comuns nas redes sociais, abriram caminho para agressões físicas contra jornalistas.
A diretora científica do Intercom, Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, Iluska Coutinho, defende a volta da exigência do diploma para jornalista.
A Repórteres sem Fronteiras vê a mídia brasileira marcada por uma forte concentração privada, dividida entre 10 grupos principais. Enquanto isso, os meios de comunicação públicos têm fragilidade orçamentária e estão sujeitos a tentativas de interferência.
Da redação
Foto UFMG