Uso de cerol em pipa pode dar multa de R$ 23 mil em Corumbá.

Campo Grande(MS) – No período de férias escolares, a quantidade de crianças e adolescentes empinando pipa aumenta consideravelmente em Corumbá. A antiga brincadeira atrai estudantes de diferentes idades, mas levanta preocupação de pedestres, ciclistas e principalmente motociclistas. A lei municipal 2.508, de 26 de outubro de 2015, estabelece multa de mil Uferms (Unidade Fiscal de Referência de Mato Grosso do Sul) para quem for flagrado utilizando linhas cortantes ou para os pais de menores de idade que usarem o produto proibido. Mil Uferms está valendo hoje R$ 23.990,00.Além da lei municipal, existe desde 2007 uma lei estadual que proíbe o uso dessas linhas no Mato Grosso do Sul. Pelo Estado, quem for pego descumprindo a lei pode receber multa de 20 Uferms. Em caso de nova infração em um período de dois anos, a multa será aplicada em dobro. Caso quem esteja desrespeitando a lei tenha menos de 18 anos, o responsável legal será penalizado. O órgão fiscalizador, após aplicar a multa, deverá comunicar a autuação à polícia para a apuração de possíveis infrações penais.

Linha chilena mata e é quatro vezes mais cortante que cerol comum.

O cerol comum é feito com vidro moído e cola de sapateiro, mas a linha chilena é quatro vezes mais cortante e perigosa, pois é feita com pó de quartzo e óxido de alumínio. A comercialização da linha chilena é proibida e o estabelecimento que comercializar o produto pode ser multado. Em caso de acidentes graves e alguns fatais, essa linha passa como faca afiada no pescoço das vítimas.Em Corumbá, alguns adolescentes insistem em usar a linha chilena, mesmo ciente dos riscos que ela pode oferecer. No campo do Roseiral, no bairro Dom Bosco, diversos meninos empinavam pipa na tarde de quarta-feira (13) e um deles, de 13 anos de idade, confessou que estava usando linha chilena. “Com a linha chilena a pessoa derruba a pipa do adversário se souber tourear”, explicou o estudante que está de férias. Segundo ele, já havia conseguido derrubar algumas pipas e o perigo que desce do céu não tem muita relevância para o garoto. Ele afirmou saber que o produto é proibido e que se cair e atingir um motociclista pode matar.De acordo com Johny Canavarros, comandante da Guarda Municipal, o órgão faz trabalho de orientação, principalmente nas férias e se constatado o uso de linhas cortantes em pipas, os adolescentes são encaminhados ao Conselho Tutelar. Se o jovem for maior de idade, ele é conduzido à delegacia de Polícia Civil para registro da ocorrência. Por ser muito difícil identificar os responsáveis pelas linhas cortantes que atingem pedestres, ciclistas e motociclistas, é muito importante o trabalho de conscientização. Canavarros explicou que se o autor for identificado, o caso é caracterizado como lesão corporal pelo Código Civil. Com informações do Diário On Line.

Da redação

Foto Anderson Gallo / Diário Corumbaense.