Campo Grande(MS) – Lazaro Santana, presidente do SIEMS (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), confimou a Rádiowebms que 1.300 servidores decidiram parar as atividades a partir de meio dia desta quarta feira(09/02) e somente os casos de urgência e emergência serão atendidos no Pronto Socorro da Santa Casa, maior hospital de Campo Grande. A greve acontece pela falta de pagamento do mês de Janeiro passado e atinge ainda, profissionais da área de administrativos e técnicos em radiologia da Santa Casa
Apenas 30% dos profissionais passam a trabalhar e haverá mobilização em frente à entrada do Pronto Socorro do hospital, na Rua Rui Barbosa. Segundo as categorias, as atividades só serão retomadas quando o salário for depositado. De acordo com o hospital não há previsão para o pagamento e o atraso ocorre devido à falta de repasse da prefeitura municipal de Campo Grande, no valor de R$ 3,250 milhões.
O presidente do SIEMS (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), Lázaro Santana, critica o atraso salarial. “No mês passado, nos reunimos com o prefeito Marquinhos Trad, secretário de saúde Marcelo Vilela e representantes do hospital. Os representantes sindicatos da área de enfermagem, radiologia e administrativos receberam a afirmativa de que este problema estava resolvido, foi firmado um termo aditivo – prazo de 3 meses – no qual a prefeitura se comprometeu a efetuar o repasse à Santa Casa. Mas, lamentavelmente, o atraso salarial persiste e os profissionais não têm da onde tirar o provento para pagar suas contas e manter suas famílias”.
O presidente do Sinterms (Sindicato dos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia de Mato Grosso do Sul), Fabrício Costa, avalia que a paralisação é a única solução diante do descaso. “Os atrasos são constantes, ocorrem desde novembro de 2016. Essa situação é desgastante para as categorias, os profissionais trabalham e todos os meses tem que fazer manifestação para receber seus proventos. A prefeitura se comprometeu a realizar o repasse previsto no termo aditivo, então deve cumprir com o estabelecido sem colocar em prejuízo os trabalhadores da saúde”, ressalta.
João Flores Junior
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