OUÇA: Deputados se negam ter recebido recursos da JBS e que doação foi destinada aos partidos

Campo Grande(MS) – Na sessão ordinária de quarta-feira,  os deputados estaduais que receberam doações do Grupo JBS nas eleições de 2014 se defenderam, e pontuaram que não pediram dinheiro à empresa, apontando ainda como responsáveis pelos repasses os então candidatos Nelsinho Trad (ex-PMDB, hoje no PTB) e a senadora Simone Tebet (PMDB). Segundo Lídio Lopes (PEN), que também recebeu R$ 52 mil, o dinheiro não  estava  identificado como da JBS, apesar do sistema de prestação de contas do TSE especificar todas as receitas dos candidatos.

O deputado Maurício Picarelli, eleito pelo PMDB, mas hoje no PSDB, afirmou que os colegas ‘não são criminosos’, enquanto sua colega Antonieta Amorim (PMDB), chegou a sugerir que os parlamentares processem a empresa pelas afirmações de que as doações eram propinas. A peemedebista foi agraciada com recebeu R$ 102 mil  da JBS.

 

Para Beto Pereira, eleito pelo PDT e hoje também no PSDB, a proibição de doação de empresas a campanhas eleitorais vai sanar questões de acusação de propinas, como as delatadas pelos irmãos Wesley e Joesley Batista. Nelsinho e Simone foram procurados  mas não foram encontrados até a publicação da matéria. O deputado Marcio Fernandes (PMDB) levou cópias dos cheques recebidos do então candidato ao governo do Estado e da então candidata ao Senado, que somaram R$ 52 mil. Marcio Fernandes se defende. Marcio lembra ainda que em 2014  a doação  era permitida pelas empresas. A Comissão Especial criada  na segunda feira na Assembleia Legislativa para investigar possível crime de responsabilidade praticado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) terá, como integrantes, parte dos deputados citados em delações da empresa JBS. Foram citados 14 deputados e a Casa de Leis de um total de 24  parlamentares.

João Flores Junior

Foto Victor  Chileno/ Assessoria de Imprensa da Assembleia Legislativa.