Campo Grande(MS) – Por Decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, anunciada na tarde desta quinta feira(05/05) os agentes penitenciários devem voltar imediatamente ao trabalho, sob pena de multa diária no valor de R$ 50 mil para a direção do sindicato. A liminar, publicada é resultado de ação impetrada pelo Governo do Estado contra o Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS (Sinsap).Conforme a publicação, assinada pelo desembargador Júlio Roberto Siqueira Cardoso,“ os serviços prestados pela categoria em greve são de natureza essencial à segurança da população”, o que justifica a ilegalidade do movimento.
A preocupação da Justiça é o risco de rebelião, especialmente no Dia das Mães, quando há aumento da circulação de pessoas dentro dos presídios. Na decisão, o relator lembra do motim que ocorreu em Campo Grande há dez anos em que agentes foram feitos reféns e um preso foi decapitado.Os agentes organizaram a greve desde abril e deram início efetivo ao movimento na segunda-feira (2/05).As reclamações dos servidores surgiram depois que seis agentes penitenciários foram intoxicados por presos da Máxima, no dia 20 do mês passado. A suspeita é que detentos tenham colocado entorpecente ou medicamento controlado na garrafa de café dos servidores. Dias antes, ônibus foram incendiados e motorista ameaçado de morte em ações comandadas por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).Os crimes ocorreram em represália ao treinamento de agentes penitenciários realizado na Máxima. o trabalho foi última atividade de formação de grupo especial para atuar em caso de rebeliões.
Os policiais Civis fizeram durante todo o dia greve de advertência por 24 horas em todo o Estado. No sábado a categoria se reúne em assembleia e pode decidir por greve por tempo indeterminado.