Cesta básica tem aumento pelo segundo mês consecutivo em Campo Grande

Campo Grande (MS)- A cesta básica em Campo Grande teve alta pelo segundo mês consecutivo, segundo a pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A alta em abril foi de 2,61% ou R$ 10,24, em relação a março. Com o aumento, os 13 alimentos alcançaram a cifra de R$ 402,19.

Os vilões foram a batata e o tomate com aumento de preço de, respectivamente, 18,72% e 15,97%. A explicação está no clima. As chuvas reduziram a oferta do tubérculo e a maior demanda pelo produto, na Semana Santa, fez com que o preço da batata crescesse em todas as cidades.

Já o tomate sofreu aumento por conta do fim da colheita da safra de verão e o clima mais ameno, que diminuiu o tempo de maturação do fruto da safra de inverno que se inicia. Com isso, a oferta foi reduzida, elevando o valor no varejo.

Para adquirir a cesta básica, o campo-grandense teve que trabalhar duas horas e 24 minutos a mais que em março, totalizando 24 horas e 26 minutos. A elevação do preço não aconteceu apenas em Campo Grande. O custo da cesta básica subiu em todas as capitais brasileiras.

Arroz e feijão

O aumento só não foi maior em Campo Grande por conta da derrubada dos preços de produtos como o óleo de soja e da combinação mais comum no prato do brasileiro: arroz e feijão.

Nas gôndulas dos supermercados da capital, o preço do óleo de soja despencou 6,83% – a queda mais expressiva entre as capitais do país. Isso foi resultado da oferta elevada da soja e baixa demanda dos derivados.

O arroz também teve queda mais acentuada em Campo Grande que nas outras capitais: 7,36%. A explicação, segundo o Dieese, está na relação entre oferta e procura. As industrias estavam com os estoques abastecidos e foi registrada baixa demanda dos centros consumidores.

A queda no preço do feijão foi ainda maior: 7,9%.

Apesar do aumento nesses dois meses na capital sul-mato-grossense, no acumulado do ano foi registrada queda nos preços da cesta básica em 1,44% (de janeiro a abril). Nos últimos 12 meses, também o resultado é negativo, uma deflação de 0,17%.

Cesta básica familiar

A cesta básica familiar atingiu o custo de R$ 1.206,57, o que obrigou o trabalhador a desembolsar R$ 30,72 a mais em relação a março. Portal G1/MS