Pelo menos 25 pessoas morreram em Mogadíscio na explosão de dois carros-bomba e no posterior ataque de um comando do grupo jihadista Al Shabab em um hotel da capital da Somália, informou hoje (29) o governo do país.
O ataque aconteceu pouco antes de uma importante reunião de segurança que seria realizada pelo governo, e provocou a destituição dos chefes da polícia e da inteligência somali. As informações são da agência de notícias EFE.
O primeiro carro-bomba explodiu na tarde de ontem na entrada do hotel Nassa-Hablood, muito perto do palácio presidencial, complexo que abriga a maioria dos escritórios do governo. Após a explosão, um comando de cinco terroristas entrou no hotel e disparou contra os hóspedes, matando vários deles.
Os terroristas se esconderam durante horas no hotel, mas acabaram rendidos pelo exército somali. O segundo carro-bomba explodiu poucos minutos depois do primeiro nas imediações do jardim de Daljirka, muito perto do escritório central nacional da inteligência.
O total de mortos pode continuar aumentando nas próximas horas devido ao grande número de feridos em estado grave.
Entre os mortos se encontram alguns altos funcionários e políticos do país, entre eles, um deputado e um conselheiro do governo regional do Estado Sudoeste0.
Este ato terrorista ocorre apenas duas semanas depois que 358 pessoas morreram na capital somali em decorrência da explosão de dois caminhões-bomba, no pior atentado da história do país, que levou o governo a declarar o estado de guerra.
O Executivo somali assegurou estar preparado para lançar ataques militares contra Al Shabab, apesar da baixa capacidade militar e da agitação política que o país vive.
Segundo analistas locais, os problemas internos do governo e o seu distanciamento da cúpula do exército permitiram ao grupo jihadista recuperar sua capacidade de cometer atentados em grande escala.
Al Shabab, que se filiou em 2012 à rede internacional da Al Qaeda, controla parte do território no centro e no sul do país e pretende instaurar um Estado Islâmico radical na Somália, segundo a EFE.
Fonte:Efe