Campo Grande(MS) – Trezentas e quarenta mil páginas acessadas no Brasil contendo pornografia infantil foram derrubadas pelas autoridades brasileiras depois de denúncias anônimas contra a pedofilia.
O levantamento é da ONG Safernet, entidade que monitora crimes e violações dos direitos humanos na internet, e foi realizado entre os anos de 2006 a 2020. Os dados revelam ainda que, nesse período, 1 milhão e setecentas mil denúncias foram registradas contra crimes de pornografia infantil no mundo digital.
O coordenador de Atendimento do Disque Diretos Humanos, Vandervaldo Gonçalves, explica que a denúncia é encaminhada a órgãos de investigação, como a Polícia Federal ou Polícia Civil.
Ele disse que a pasta monitora as denúncias para saber quais medidas são tomadas, e informou que o site em questão já foi alvo de reclamações anteriores. Vandervaldo acrescentou ainda que em casos assim, há uma dificuldade de tirar o conteúdo imediatamente do ar, porque boa parte desses sites são hospedados fora do país.
A Delegada da Polícia Federal, chefe do Núcleo de Repressão aos Crimes de ódio e a Pornografia Infantil, Rafaella Vieira, lembra que muitas vezes é necessária a intervenção do poder Judiciário para que um conteúdo criminoso seja removido
No entanto, a delegada explica que existem dois tipos de sites, os lícitos que podem ser usados indevidamente pelos usuários, quando ocorre o crime, é mais rápido e simples remover as publicações, e o outro tipo são os sites criminosos, que criados especificamente para disseminar a pornografia infantil
O último levantamento da Safernet aponta que, só em 2020, a Central de Denúncias recebeu mais de 98 mil registros anônimos de Pornografia Infantil envolvendo 46 mil páginas, 23 mil foram removidas.
Armazenar, possuir, publicar, divulgar, vender e compartilhar, entre outras ações, imagens de pornografia infantil é crime previsto na legislação brasileira. A delegada, Rafaella Vieira alerta, todo crime cibernético deixa rastro
Para fazer uma denúncia contra pedofilia e pornografia infantil você pode procurar o Disque 100 do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que atende por meio de whatsapp, telefone e internet. Outro canal de denúncias é a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos.
