Campo Grande(MS) – Éo que revela um estudo divulgado pelo INCA- Instituto Nacional do Câncer, órgão ligado ao Ministério da Saúde. A pesquisa mostrou que 102 milhões de reais dos gastos pelo Sistema Único de Saúde em 2018 com tratamento de câncer poderiam ser poupados, se investidos na redução desses fatores de riscos. É o que alertou Maria Eduarda Melo, nutricionista e uma das coordenadoras da pesquisa.
De acordo com dados do Inca, só em 2021 devem ser registrados mais de 66 mil novos casos de câncer de mama. E há também o fator de risco a idade, quatro em cada cinco novos casos ocorrem após os 50 anos.
Segundo Marceli de Oliveira Santos, que também coordenou a pesquisa do INCA, a situação é preocupante.
O médico Arn Migowski chefe da Divisão de Detecção Precoce do INCA, apresentou dados sobre o diagnóstico precoce e o rastreamento da doença no Brasil. De acordo com o raio x apresentado, mulheres com ensino superior completo têm mais acesso ao exame de mamografia, 84% delas conseguem realizar o exame que detecta a doença. Já entre as mulheres sem instrução, somente 58% tem acesso.
Mas a desigualdade econômica é mais evidente em relação a situação socioeconômica das mulheres. Oitenta e quatro por cento das mulheres com renda acima de 5 salários mínimos fizeram a mamografia nos últimos dois anos. Esse percentual não chega a 43% quando se trata de mulheres que não tem renda ou ganham menos de um quarto do salário mínimo. Com informações da Rádio Agência Nacional.
