Ouça; Indigenista Bruno Araújo recebia ameaças de morte no Amazonas, confirma liderança

Campo Grande(MS) – Dom Phillips , jornalista e  Bruno  Araújo Pereira,  indigenista experiente e profundo conhecedor da região  onde foi coordenador regional da  Funal em Atalaia do Norte por 5 anos. Os dois  viajavam em uma embarcação nova, com motor de 40HP e 70 litros de gasolina, o suficiente para a viagem, e sete tambores vazios de combustível. O sumiço  ganhou repercussão internacional na segunda-feira (6/6) quando a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) e o Observatório de Direitos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi) publicaram uma nota oficial sobre o desaparecimento. Eles desapareceram as  6 horas de domingo  no Vale do Javari, na Amazônia, quando faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte, distante 1.135km de Manaus.

Lideranças da Univaja, informa que a viagem  servia para  visitar a equipe de Vigilância Indígena  próxima ao chamado Lago do Jaburu  da Base de Vigilância da Funai no rio Ituí, para que o jornalista visitasse o local e fizesse algumas entrevistas com os indígenas. O coordenador União dos Povos Indígenas do Vale do Javari, Quenan Tamaruno, confirma que  Bruno recebia ameaças .

 A embaixada Britânica foi acionada desde  segunda feira. A família do jornalista mora no Brasil desde  2017 . O ex presidente da Fundação Nacional do índio a Funai,  Sidney Posuelo, suspeita  que algo grave  possa ter acontecido. A deputada Federal, indígena Joenia Wapichana, cobrou ação imediata das autoridades do Brasil.

A Polícia Federal  apreendeu,  na segunda-feira (6/6), dois pescadores suspeitos de estarem envolvidos no desaparecimento. E foram identificados como “Churrasco” e “Jâneo”,  e levados para a cidade de Atalaia do Norte e estão detidos pela Polícia Civil do Estado.

Da redação