Servidores do INSS de Ivinhema são envolvidos em fraudes de segurados mortos

Campo Grande(MS) – A  policia descobriu um bando que  conseguia aposentadoria de pessoas mortas há mais de 15 anos;  A fraude  teria provocado ao instituto de  seguridade prejuízo de  R$ 125 mil mas cálculos  indicam que a quadrilha já teria arrecadado  R$ 1 milhão. A movimentação é de 30 policiais federais e dois agentes da inteligência do Ministério da Previdência e o crime aconteceu  em Ivinhema, cidade sul-mato-grossense distante 300 km de Campo Grande. os investigadores cumpriram oito mandados de busca e apreensões. De acordo com a policia, Servidores do instituto, estariam implicados no caso, mas os nomes não foram anunciados.

Comunicado distribuído pela assessoria de imprensa da PF em Dourados, revela que a sangria aos cofres públicos consistia na concessão de benefícios repletos de irregularidades, como,  ausência de documentação comprobatória de exercício de atividade rural, de guarda dos beneficiários menores de idade, comprovante de união estável com indícios de falsidade, benefícios requeridos   depois de mais de 15 anos do falecimento do segurado, saques dos benefícios em cidades diversas da suposta moradia do beneficiário, dependente inserido nos sistemas do INSS, sem possuir condição junto ao segurado. De acordo com a PF, a fraude  já teria provocado ao INSS um prejuízo de ao menos R$ 125 mil 250 reais , mas cálculos dos investigadores indicam que a quadrilha já tenha arrecadado ao menos R$ 1 milhão.

Os  mandados de busca e apreensão  foram nas casas dos investigados, na agência do INSS e ainda na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade de Novo Horizonte do Sul. A policia determinou a  suspensão do exercício profissional do servidor do INSS, proibição de ingresso e aproximação em um raio de 300 metros da agência do INSS, além da proibição dos agenciadores de atuarem como procuradores nos processos concessórios de benefícios previdenciários. O  descumprimento das  medidas pode resultar na  prisão preventiva dos investigados”,  segundo a  nota da assessoria da PF.

A operação foi batizada de Béline, uma alusão à personagem do escritor francês Molière, uma trapaceira e vigarista, que se aproveitava do desconhecimento alheio para auferir vantagem financeira, inclusive falsificando documentos, como os fraudadores em questão.

Da redação

Foto Ilustrativa