Ouça; Alerta; Brasil contabiliza mais de 20 ataques em escolas

Campo Grande(MS) – Depois de o  ataque mais recente  na última segunda-feira, dia  27 de março, na escola da Vila Sônia, na capital paulista, o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, anunciou a presença mais ostensiva de policiais militares dentro das instituições de ensino. No entanto, para o secretário Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente, Ariel de Castro Alves as medidas do Estado não ajudam a resolver o problema.

O ataque ocorrido segue um mesmo padrão, levantados pelo estudo da Unicamp, de meninos ou homens, a maioria brancos, atraídos por discursos de ódio e racismo dentro de grupos da internet, conforme explicou Cleo Garcia, mestranda em educação na Unicamp e especialista em justiça restaurativa.

Dessa forma, Ariel de Castro Alves falou da necessidade de haver nos currículos escolares conteúdo a respeito de cultura de paz e direitos humanos para prevenir as situações de violência dentro das escolas. Cleo Garcia, por sua vez, trouxe reflexão a partir do caso de violência ocorrido no último caso, de qual deve ser o caminho trilhado pela sociedade.

Um dos caminhos propostos para a resolução de conflitos dentro das escolas é a Justiça Restaurativa, a de resolução dos conflitos sem necessariamente envolver punição e com o foco voltado a reparar danos às vítimas.

Desde 2010, o Estado de São Paulo regulamentou a figura do professor mediador nas escolas estaduais, no entanto, Cleo Garcia avalia que não é suficiente sendo necessário o envolvimento de todos da comunidade escolar, alunos, professores e pais para que os conflitos sejam resolvidos dentro da lógica da justiça restaurativa.

Da redação

Foto Fernando Frazão/ Agência Brasil.