OUÇA: Clínica psiquiátrica ilegal funcionava com internação compulsória na Capital

Campo Grande (MS)- Uma clínica psiquiátrica funcionava de forma clandestina na região da Chácara dos Poderes em Campo Grande. O local recebeu visita técnica após denúncia de uma mãe, que procurou a defensoria pública para mostrar o relato do filho, internado no local para tratar da dependência química. Em internação compulsória, contra a própria vontade, ele foi levado à clínica mas conseguiu fugir. Na unidade, teria passado por situações de abusos psicológicos e emocionais, além de situações vexatórias. De acordo com a coordenadora do núcleo de atenção à saúde da Defensoria Pública, Eni Maria Sezerino Diniz, a clínica funcionava mais como uma comunidade terapêutica por não ter médicos, nem registro ou aparato profissional. O local era administrado e coordenado por ex dependentes químicos e trabalhava com internação compulsória. 

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Denúncia motivou vistoria ao local onde foram encontradas uma série de irregularidades

A vistoria técnica contou com duas defensoras públicas e representantes do Ministério Público. Foi ajuizada uma ação civil pública para suspender a publicidade da clínica e o recebimento de novos pacientes. A divulgação dos serviços era feita com direito a contrato mas sem qualquer orientação às famílias. 

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A defensora Eni Maria Diniz relata outras condutas ilegais praticadas na clínica.

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Estima-se que o local funcionava há 6 ou 8 anos, com CNPJ registrado. Os donos do local deverão prestar uma série de informações e o caso tramita judicialmente. A defensora pública orienta as famílias que procuram esse tipo de tratamento a buscar orientação na rede de saúde pública.

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Na rede pública, o atendimento começa pelos centros de atenção psicossocial, o Caps. No dia da vistoria, a clínica atendia 65 pacientes, a maioria homens, com idade entre 20 a 75 anos. Além de Campo Grande, havia pessoas de Sidrolândia, Amambai, Aral Moreira, Juti, Fátima do Sul, Jardim e Naviraí.