Campo Grande (MS)– Durante a pandemia, as mulheres começaram a ter tarefas adicionais aos serviços domésticos e algumas perderam postos de trabalho nas atividades mais afetadas no período, especialmente as vagas ligados ao comércio e serviços. Mesmo com a retomada da economia, ainda é grande o volume de mulheres desempregadas. A dificuldade em retomar os postos, mesmo quando elas têm mais escolaridade, é confirmada em pesquisa do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O estudo anunciado nesta semana revela ainda que de cada 10 postos de direção e chefia em cargos privados ou públicos, somente 4 são liderados por mulheres. A pesquisadora do Dieese em MS, Andreia Ferreira, comenta.
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Sobre salários, as mulheres ainda recebem menos que os homens. Mato Grosso do Sul só perde para o Distrito Federal em equiparação de salários, mas no Estado, o rendimento médio mensal da mulher é R$ 997 reais em comparação com o rendimento médio mensal dos homens, uma variação de 27%. Em toda cadeia do trabalho, as mulheres negras ainda são as que recebem menos.
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Para Andreia Ferreira, um agravante é o quadro de violência contras as mulheres que cresce a cada ano em Mato Grosso do Sul, conforme dados do Mapa do Fórum Nacional de Segurança Público. As taxas são crescentes desde 2018. Ainda assim, Andreia Ferreira diz que são válidos os esforços para garantir mais igualdade e direitos para as mulheres.
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Os dados usados pelo Dieese são do quarto trimestre de 2023, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.