Ouça; É na infância que se descobre diagnostico de Transtorno de Espectro Autista

Campo Grande(MS) – Você conhece a sigla T.E.A? Esse é o Transtorno do Espectro Autista, que está ligado ao desenvolvimento neurológico. E existem várias formas de manifestação do transtorno classificadas em leves, moderadas e severas.

Na maior parte dos casos, os sinais aparecem logo na infância, dificuldades na comunicação, na compreensão e na interação social são características de alguns autistas. Mas não são regra geral. A pediatra Ana Márcia Alves, alerta para a necessidade de um diagnóstico precoce.

As famílias ou responsáveis por uma pessoa diagnosticada com autismo enfrentam uma batalha diária para garantir direitos e acessibilidade. Quem relata essas dificuldades é a Cátia Medeiros, que é mãe do Vinícius, de 29 anos, autista, com grau severo de comprometimento. Ele é não-verbal e não-alfabetizado. O diagnóstico veio aos 2 anos e meio de idade e ela pôde procurar  um tratamento pro filho.

Em 2016, em parceria com outras 4 mães, criaram a Associação Pais e Amor, que hoje, presta assistência à mais de 200 famílias. Ela diz que muitas barreiras precisam ser rompidas ainda, principalmente na área da assistência social e suporte as famílias, mas comemora o avanço nos direitos dos autistas

Em janeiro de 2020, a Lei Romeo Mion entrou em vigor, ela criou a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, que deve ser emitida de forma gratuita por estados e municípios. Esse documento permite que a pessoa autista tenha preferência em filas e acesso às meias- entradas. Um alívio para a Cátia e tantas outras mães.

A Lei Romeo Mion faz parte da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, criada em 2012. Esse documento garante o atendimento integral de saúde da comunidade autista, como o diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional e o acesso a medicamentos e nutrientes pelo SUS.

Da redação

Foto Getty Imagens