Dark Money. PC impede compra de fazenda com dinheiro de Prefeitura

Campo Grande(MS) – A polícia Civil de Maracaju cumpriu no dia 15 de  fevereiro  dois mandados de busca e apreensão e um mandado de sequestro  de bens e, uma fazenda  situada em Bodoquena. Através de inquérito, a polícia judiciária apura crimes de peculato, de lavagem de  dinheiro,  falsidade ideológica e  organização criminosa.  O o desvio de dinheiro foi na administração pública de Maracaju entre  (2017-2020), através de licitação para compras de fraldas, que nunca foram entregues.

E. A. F. é investigado e foi preso pelo DRACCO na Operação Dark Money, e  estava na eminência de comprar uma fazenda, no valor de R$3,1 milhões  em Bodoquena, através de  contrato de gaveta.

A policia constatou que a  compra da fazenda era  feita com dinheiro obtido ilicitamente, tanto com a compra de fraldas que nunca foram entregues  e  com valores  de uma conta que movimentou desvios de mais de R$ 23 Milhões do erário público na administração do ex prefeito Maurilio Ferreira Azambuja(MDB)

A policia promoveu o sequestro e indisponibilidade da fazenda e  fez  buscas e apreensões na propriedade  e na casa  do vendedor do imóvel.  No  contrato de gaveta foi constatado que  E. A. F. já havia pago R$1,7 Milhão pela fazenda. Além disso, foi verificado que o investigado E. A. F. já havia até mesmo arrendado o imóvel para terceiros.

Agentes de Segurança em busca do contrato de Gaveta na compra de fazenda.

O trabalho é de agentes da polícia Civil  de  Maracaju, com o apoio das Delegacias de Polícia de Miranda e de Bodoquena. De acordo com o Delegado Guilherme Sarian, responsável pela investigação, “a expressão ‘Fraldas Fantasmas’ é uma alusão ao famigerado termo ‘Servidor Fantasma’, que é contratado por um órgão público e nunca aparece para trabalhar. No caso, as fraldas foram objeto de licitação na Prefeitura de Maracaju, sendo devidamente pago o valor de R$100.050,00 (Cem mil e cinquenta) à pessoa jurídica vencedora do certame, e  as fraldas nunca apareceram no órgão municipal”. A investigação da policia Judiciária de Maracaju continua.

João Flores Junior

Foto Divulgação Policia Civil.