Leia o Artigo de Percival Gomes que trata da condição do jovem e velho

“A guerra é um lugar onde jovens que não se conhecem e não se odeiam se matam entre si, por decisão de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam”.  Erich Hartmann

Em um artigo de 2023 do Jornal Correio Braziliense, li algo que achei conveniente reproduzir aqui: “Que a guerra, é a mais cruel manifestação da estupidez humana que ainda resiste nos corações dos homens, impedindo desta forma a sua completa evolução”. E isso é um fato pois, enquanto homens bem vestidos com suas fardas e coturnos e com seus ternos de grife mas, totalmente despidos de racionalidade e de amor à humanidade, continuarem cuspindo bombas sobre crianças nas escolas e derramando suas novas versões de “napalm” sobre albergues de idosos, sobre hospitais e sobre lares de civis inocentes, dizimando famílias inteiras, nunca que poderemos dizer que chegamos ao mais alto grau da racionalidade e ao mais elevado nível de civilização. É tão difícil de explicar quanto de entender o porquê desta violência explícita que parece vir vem impregnada na alma de algumas pessoas. E por mais que estes homens de gravatas caras e cheios de patentes e estrelas em suas fardas engomadas tentam nos convencer com eloquentes e tresloucados discursos, nada, mas nada mesmo nesse mundo vai conseguir nos convencer que uma guerra tem justificativa!

Quando chegar a tua vez

Quando tudo parecer abismo após um abalo sísmico

De densidade oito, não se misture nos escombros.

Seja afoito!

Este amontoado de corações partidos e olhos no chão,

Gritam em silêncio por um pouco de amor e atenção.

Quando todos os pés vagarem a esmo rumo ao precipício,

Estenda suas mãos, cheias daquele amor do início.

Seja luz! Mostre a direção!

Seja oxigênio no meio desta poluição!

Quando estiver árido o solo das emoções

E baixa a umidade relativa das paixões e da amizade,

Seja aquela chuva serôdia, cheia de humanidade.

Espalhe benção neste deserto de maldições!

E quando toda a plantação se fizer espinho, fetidez e dor

E chegar a tua vez, seja você a essência do bem que restou.

Seja perfume! Seja flor!

Por Percival Gomes/ Escritor e Poeta